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As urnas brasileiras são vulneráveis ?

Walter Del Picchia é professor titular da Escola Politécnica da USP (aposentado)

Por Redação - Editorias: Artigos

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Walter Del Picchia – Audição – Inst. de Eng. SP – Foto: Reprodução via Youtube

Eu sei em quem votei. Eles também.

Mas só eles sabem quem recebeu meu voto.

 

No texto “Professor da USP explica a segurança da biometria nas eleições” (Jornal da USP, 09/04/2018), docente da área do Direito dá a entender que as urnas eletrônicas brasileiras são seguras. Esta afirmação é contrária às evidências, pois testes promovidos pelo próprio TSE-Tribunal Superior Eleitoral demonstraram cabalmente que nossas urnas são fraudáveis. Elas não passam no mais simples teste de Segurança de Dados – matéria complexa e especializada, desconsiderada pelos que afirmam esta inexistente segurança. Como ignorante na área médica, jamais teria eu a coragem de afirmar, menos ainda de publicar, algo sobre cirurgia cardíaca. Pois é o que se faz com grande desenvoltura: leigos divulgam falácias em áreas estranhas, induzindo outros a equívocos. Como nossa urna não é confiável (não é uma opinião gratuita, mas uma constatação técnica de especialistas em Segurança de Dados), os resultados eleitorais também não o serão – e quem sofre é nossa Democracia. A facilidade de fraudes, já denunciada pelo Fórum do Voto Eletrônico desde o início das votações informatizadas em nosso país, foi demonstrada em testes promovidos pelo próprio TSE. No último (Nov/2017), equipes da Unicamp e da Polícia Federal invadiram as urnas e modificaram seus programas, apesar de todos os entraves e limitações de tempo para um teste completo (há vídeos no YouTube sobre os testes). A adoção da biometria em nada modifica esta lamentável situação (até piora…) e a impressão paralela do voto (lei aprovada em 2015 e que o TSE teima em não cumprir!) não foi entendida no citado texto de 09/04.

Da Redação | 06/03/2018, 15h43 - ATUALIZADO EM 13/03/2018, 11h24

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O professor da Unicamp Diego de Freitas Aranha coordenou equipe de profissionais em teste de segurança promovido pelo TSE em 2017

O professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Diego de Freitas Aranha coordenou uma equipe de profissionais num teste de segurança promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2017. A missão deles, mostrar possíveis falhas no sistema de votação eletrônica adotado no Brasil, foi concluída com êxito.

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