top of page

ONU pede tratamento digno aos venezuelanos nos países de acolhida

Ataques de brasileiros a acampamentos de imigrantes em Pacaraima levaram 1.200 venezuelanos a abandonar o país no fim de semana

Publicado em 20/08/2018 - 17:50

Por Agência Brasil  Brasília

download (1).jpg

A venezuelana Joanna e seu filho Bruno, do Estado de Anzoátegui, posam ao lado de seus pertences queimados por civis brasileiros, enquanto ela segura um pacote com fraldas doadas no controle de fronteira de Pacaraima, em Roraima - 19/08/2018 (Nacho Doce/Reuters)

O porta-voz da Organização das Nações Unidas (ONU),  Stéphane Dujarric, pediu nesta segunda-feira  (20) que sejam respeitados os direitos dos venezuelanos que fogem do país e que eles sejam tratados com "dignidade" nas nações que os amparam. "É importante que aqueles que escapam da violência e que aqueles que fogem para salvar suas vidas tenham seus direitos respeitados e sejam tratados com dignidade."

Dujarric deu a declaração ao ser perguntado sobre os incidentes registrados no último sábado (18), em Paracaima (RR), e a decisão do Equador e do Peru de exigir aos venezuelanos passaporte para atravessar a fronteira.

O porta-voz lembrou que há leis e convenções internacionais sobre os refugiados e disse que é "importante que as mesmas sejam respeitadas".

Ao mesmo tempo, Dujarric disse que as Nações Unidas entendem que os fluxos maciços de população "criam tensões" nas comunidades de amparo e consideram fundamental uma resposta a essas situações. Segundo ele, as preocupações da população dos países receptores estão entre as prioridades do trabalho das agências humanitárias da organização.

Nos últimos dias, os conflitos envolvendo brasileiros e imigrantes venezuelanos na cidade fronteiriça de Pacaraima levaram 1,2 mil venezuelanos a abandonar o país.

O alto número de pessoas que estão deixando a Venezuela como consequência da crise também levou na semana passada os governos do Equador e do Peru a começar a exigir passaporte para entrar em seus territórios.

As Nações Unidas e as agências estão dando apoio aos Estados mais afetados pelo fluxo de venezuelanos, entre os quais destacam-se Colômbia, Equador, Peru e Brasil.

Segundo dados da organização, cerca de 2,3 milhões de pessoas deixaram a Venezuela desde 2014. A maioria se dirigiu a um desses quatro países.

bottom of page